as violências
as violências que atravessam a mim e ao meu corpo entre arrepios e arpejos me endurecem me enrijecem esse meu corpo de mar onde...
olhos de onda
tem onda que quebra bem no peito mas há de virar acalanto em coração macerado [enquanto olhos de onda seguem, marejados]
tem quem
tem quem nos deixe com borboletas no estômago: ela, com seus olhos de mar, me deixa com peixinhos
[encante]
[encante é ponto de feitiço chegada de dia no jongo] nessa cidade que não é de faz de conta e nem de contos de fada também venho cá...
pra mala
pra mala de viagem esqueci a canga a guia escova de dente e até a sunga branca logo eu, tão virginiana! mas a saudade de você ...
pra entender o tempo
pra entender o tempo, não basta só olhar relógio não é só ponteiro que ensina lição e pra desanuviar aquele peso todo do coração ...
[porque as pessoas que nós amamos se tornam fantasmas dentro de nós, e assim vamos as mantendo vivas
[porque as pessoas que nós amamos se tornam fantasmas dentro de nós, e assim vamos as mantendo vivas] eu vi um vídeo tão bonito de um...
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[se falta tempo em nossas rotinas para por mar em nossas retinas] do plano aberto e horizonte quando não basta a concha no peito ...
pode imaginar
pode imaginar o mundo onde não havia palavra, e nada podia ser nomeado? por mais que eu voe alto e consiga cohabitar outros mundos...
memória
[kianda, kianda! com sua benção manto de maresia e abraço de onda esse emaranhado que chamam peito virou concha e ensina ainda ...