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entendendo aiyê, orum e iku

  • Foto do escritor: Gabriela Cavalheiro
    Gabriela Cavalheiro
  • 24 de ago. de 2021
  • 1 min de leitura

entendendo aiyê, orum e iku recebo visita de mainimbu a gente faz planos que a vida desfaz em ritmo deveras quebradiço tem golpe que bate na gente falha a fala de tudo visceral elaborar luto cheio de signo tão subjetivo lápides cheias de fotos "aqui jaz um ente querido" os coveiros abrem o seu jazigo você fez sua passagem eu não queria ter assim me despedido justo no dia dos meus anos trintão tristão é nó na garganta, cabeça a milhão no velório eu e a nossa analista finalmente nos conhecemos nos abraçamos de máscara choramos largadas y era tu que um ano atrás naquele presente atento meu futuro salvava foi olhar atento ato de precisão rara próximo a essa data era tu quem me consolava hoje abraço sua mãe até o ar do pulmão parece que me falha sei que ao invés de lágrima que rasga a cara você apreciaria as piores piadas como se aquela fita de led do carro funerário no porta-malas fosse uma limousine pra te levar pra balada mas hoje tá difícil hoje até da paiaça aqui saiu fraco o sorriso dias de luta, dias de glória humanidade é isso o sol banha nossas peles no banco detrás colocamos os cintos palmas para os mortos palmas para os vivos [se a vida é sopro hoje o fôlego é pouco mas voz y vento dão forças pra resgatar as boas memórias respirar fundo estar presente seguir em frente saudar sua marca e em sua homenagem passar um café quente]

 
 
 

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